Na semana passada, participei de uma variedade de atividades, desde construir abrigos para plantas, fazer longas caminhadas para instalar câmeras para ver se a floresta tropical está mantendo sua biodiversidade, até pintar placas. No entanto, algo que me fascinou é o laboratório de fitoterapia aqui, e o trabalho que é feito. Neste post escrevo sobre Carla e seu trabalho atual e objetivos futuros.
Carla coordena o programa de plantas medicinais, e tem um conhecimento incrível sobre uma variedade de plantas da floresta tropical e as propriedades medicinais de cada uma. Ela me ensinou a fazer chá das folhas ou da casca da planta, além de explicar quais são seus objetivos para seu programa.
Em termos de plantio, ela criou uma mandala de plantas onde cada parte contem plantas medicinais para uma determinada parte do seu corpo. Existe uma variedade grande de plantas na floresta que ela usa para criar produtos. Criamos óleos essenciais de várias plantas e, a partir disso, criamos sabonetes, desodorantes e xampus. Atualmente estamos experimentando com a criação de sabonetes biodegradáveis e totalmente naturais.
Mas Carla não pára aqui. Ela quer ensinar as mulheres locais a criar esses sabonetes por meio de oficinas. Aqui, seu principal objetivo é educar e deixá-las criar seus próprios sabonetes que podem ser usados por elas mesmas, mas também podem ser vendidos. Esses workshops também oferecem uma oportunidade para os raizeiros da comunidade virem compartilhar su sabedoria. Ela sabe que há muito mais a aprender e, embora ela seja altamente educada em plantas medicinais, o conhecimento sobre o uso dessas plantas vem da história e das tradições familiares. Ela afirma que as oficinas são “tanto sobre ensinar quanto sobre aprender”.
Ela vem criando uma oportunidade econômica para as mulheres da comunidade criarem produtos na base de plantas medicinais, e não pára de experimentar, aprender e trocar sabedorias. Sua paixão por plantas medicinais é muito bela, e ela acredita firmemente que deve haver uma conexão entre os dois mundos separados da fitoterapia e a medicina alopática que é mais usada hoje.
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